4. O Terceiro Selo: Escassez (6:5-6)
Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente, dizendo: Vem. Então vi, e eis um cavalo preto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. 6E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes, dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho. Com essas referências a pesos e medidas, salários e preços, a terceira visão descreve uma situação econômica; não exatamente fome, e sim, escassez. As palavras "denário" (ERAB) e "dinheiro" (ERC) não significam muito para nós; a BLH expressa melhor o sentido: "Uma medida de trigo pelo pagamento de um dia inteiro de trabalho, e três medidas de cevada pelo pagamento também de um dia inteiro de trabalho". Comida boa (trigo ou milho) está disponível, ao preço do salário todo de um dia! Dever-se-á contentar-se com comida de segunda, como a cevada, se quiser alimentar a família também, sem levar em conta outras necessidades como moradia e agasalhos. O suprimento de óleo e vinho, entretanto, não é afetado. Quer esses artigos representem guloseimas — caviar e champanha — que mesmo nos tempos mais difíceis suprem as mesas dos ricos, quer sejam considerados gêneros de primeira necessidade à medida que os outros alimentos escasseiam, o fato é que o terceiro cavaleiro representa uma escassez parcial, e não fome total; a situação aqui descrita é no mínimo de grande dificuldade econômica e de desigualdade de distribuição de bens.
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