Nossa oferta não é realmente oferta enquanto não nos dói.
O DOM PRECIOSO
Lucas 21:1-4
No templo, no Átrio das Mulheres havia treze caixas para ofertas conhecidas como “as Trombetas”. Sua forma era de trombeta com uma boca estreita e uma base larga. Cada uma delas recebia ofertas para distintos propósitos – por exemplo, para a lenha que se utilizava para queimar o sacrifício, para o incenso que se utilizava no altar, para a manutenção das vasilhas de ouro, e assim sucessivamente. Jesus estava sentado perto das Trombetas. Depois do extenuante debate com os emissários dos saduceus e do Sinédrio, estava cansado, e tinha a cabeça apoiada nas mãos. Olhou para cima e viu muita gente que lançava suas ofertas nas Trombetas; ali chegou a viúva pobre. Tudo o que tinha no mundo eram duas moedas. A branca era a menor moeda; seu nome, lepton, significa "a delgada", e, portanto, a oferta da viúva era muito pobre. Mas Jesus disse que ultrapassava em muito as outras oferendas,porque era tudo o que tinha.
Duas realidades determinam o valor de qualquer dom:
O espírito com que se dá. Uma oferta extraída involuntariamente, uma oferta que se dá com um gemido, para salvar o prestígio ou por mostrar-se generoso, perde mais da metade de seu valor. A única oferta verdadeira é aquela que flui inevitavelmente do coração que ama, a que se dá porque aquele que dá não se pode conter.
O sacrifício que envolve. O que pode ser muito pouco para uma pessoa, pode significar uma grande soma para outra. As ofertas que os ricos lançavam nas Trombetas, não lhes custavam muito em realidade; mas as duas moedas da viúva lhe custaram tudo o que tinha. Sem lugar a dúvidas, os ricos calculavam muito bem o que podiam dar; ela deu com uma generosidade total e desinteressada, e não podia ofertar mais. Nossa oferta não é realmente oferta enquanto não nos dói. Um dom só demonstra nosso amor quando nos privamos que algo ou tivemos que trabalhar o dobro para dá-lo. Quão poucas pessoas doam a Deus assim! Alguém descreveu um homem na igreja, cantando com grande ardor um hino de ação de graças enquanto mede cuidadosamente as moedas de seu bolso para pôr vinte centavos e não cinqüenta na oferta.
É insensato o homem que pode ler a história da viúva e suas duas moedas sem examinar-se a si mesmo profunda e humildemente.
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